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CPI de Brumadinho

Coordenador do plano de emergência diz que não foi informado de problemas em barragem


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O coordenador do plano de ação de emergência de 13 barragens da Vale na bacia do rio Paraopeba, Marco Conegundes, disse que não foi informado de problemas na barragem da Vale que se rompeu em janeiro. Era dele a missão de acionar as sirenes para alertar a população e os funcionários da mineradora em caso de risco de rompimento de barragem.

Conegundes, que foi ouvido na CPI de Brumadinho nesta quinta-feira (4), negou que as sirenes tenham sido destruídas com a lama de rejeitos da mineração, contou que o sistema de alerta não é automático e explicou porque não acionou previamente o plano de emergência.

"Para o sistema de alerta ser ‘startado’, tem que ser identificada uma anomalia pela equipe operacional da geotecnia. Identificando uma anomalia, o coordenador, em conjunto com essa equipe técnica, faz a classificação e, caso

ela atinja 10 pontos da matriz de classificação, é ‘startada’ a condição de emergência de nível 1. E isso não ocorreu. Eu não recebi nenhum comunicado de nenhuma emergência, de nenhuma anomalia naquela estrutura", informou.

Conegundes contou que, no ano passado, foram realizadas duas simulações de emergência em Brumadinho. Ele rebateu outros funcionários da Vale que, em depoimentos à CPI, disseram que só se salvaram por terem optado por uma rota oposta à treinada nos simulados.

"Das 200 pessoas que foram resgatadas à tarde, pouco mais de duas horas do rompimento da estrutura, a maioria utilizou a rota de fuga conforme foi feito no simulado. Teve um segundo grupo que optou por seguir um caminho não previsto na rota de fuga e foi necessário utilizar equipamentos para a gente abrir para o Corpo de Bombeiros chegar e resgatá-los com a ajuda de veículos. Eles ficaram ilhados em um ponto", disse.

Marco Conegundes é funcionário da Vale há 30 anos, mas está afastado das funções desde fevereiro por recomendação do Ministério Público. 

Felipe Werneck/Ibama

 

 

 

          

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