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CPI Brumadinho

Embaixada da Alemanha deve ajudar deputados em investigação da CPI de Brumadinho


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Parlamentares da CPI de Brumadinho foram à embaixada da Alemanha em Brasília, nesta quarta-feira 29, para pedir auxílio na investigação. Eles se mostraram "revoltados" com a falta de informação de funcionários da empresa alemã Tüv Süd, que, na semana passada, permaneceram em silêncio durante reunião da CPI. A Tüv Süd atestou a estabilidade da barragem da Vale que se rompeu no Córrego do Feijão.

O relator da CPI, deputado Rogério Correia (PT-MG), destacou que a embaixada vai contatar a sede da empresa na Alemanha e está disposta a ajudar na investigação e busca pelos culpados do rompimento da barragem em Brumadinho, desastre que deixou 270 vítimas, entre mortos e desaparecidos. A própria Tüv Süd alemã já abriu uma investigação sobre o acidente.

Para Rogério Correia, a empresa Vale está agindo de forma incorreta tentando esconder informações relacionadas ao fato.

"A Vale está tendo uma atuação de tudo esconder, de evitar e tentar obstruir a nossa investigação. Nós esperamos que a empresa alemã não faça o mesmo", disse.

 

Habeas corpus O relator lamentou a posição do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu habeas corpus para que o ex-presidente da Vale, Fábio Schvartsman, possa não comparecer à sessão da comissão marcada para o dia 4 de junho, para a qual foi convocado na condição de investigado. Schvartsman ocupava a presidência da Vale quando a barragem da mineradora se rompeu.

"A justiça está deliberando como que nós podemos fazer a investigação ou não. Portanto, fere o poder legislativo. E mostra também o receio que tem o ex-

presidente da Vale de dizer a verdade, mostra também que estão querendo obstruir", reclamou.

O relator da CPI anunciou que a comissão deve quebrar os sigilos telefônico, bancário e fiscal do ex-presidente da Vale para que os parlamentares possam fazer a apuração com base nos dados obtidos.

"Com certeza nós vamos chegar na diretoria da Vale. Aliás, nós já temos certeza que a diretoria sabia de tudo e vamos mostrar que o senhor Fábio também sabia das coisas e mentiu quando veio aqui na comissão externa, dizendo que não sabia dos riscos. Sabia sim".

A próxima linha de investigação da CPI será relacionada às suspeitas de crimes da mineradora Vale em Barão de Cocais, onde há ameaça de rompimento de uma nova barragem. Deputados suspeitam que tanto a área atingida pela lama em Brumadinho quanto a área evacuada em Barão de Cocais já têm estudos para exploração de minério, e a Vale teria interesse em comprar os terrenos a preços mais baixos.

 

Camara Federal

          

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