SÃO PAULO - A norueguesa Yara, uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo, obteve lucro lÃquido atribuÃdo aos controladores de US$ 230 milhões no segundo trimestre do ano. No mesmo trimestre do ano passado, a companhia havia registrado prejuÃzo lÃquido de US$ 211 milhões.
No primeiro semestre, o lucro acumulado é de US$ 326 milhões, resultado bem melhor que o prejuÃzo de US$ 96 milhões de um ano antes.
De abril a junho, a norueguesa registrou receita lÃquida de US$ 3,4 bilhões, alta de 6,6% na comparação anual. Em seis meses, a receita lÃquida ficou em US$ 6,4 bilhões, avanço de 6% em relação aos mesmo perÃodo dos primeiro semestre de 2018.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de US$ 541 milhões no segundo trimestre, alta de 82,8% na comparação anual. No acumulado até junho, o Ebitda somou US$ 1 bilhão, avanço de 51%.
“A Yara obteve resultados significativamente melhores no segundo trimestre. A melhoria é principalmente impulsionada por produção e menor custo de energiaâ€, disse Svein Tore Holsether, presidente da Yara e do conselho da companhia, em relatório. “Nosso retorno sobre capital continua sua tendência positiva", continuou Holsether.
No Brasil, as entregas de fertilizantes pela Yara ficaram em 2,1 milhões de toneladas no segundo trimestre, alta de 23% na comparação com mesmo perÃodo de 2018, quando os resultados foram impactados pela paralisação dos caminhoneiros ao fim de maio.
Considerando os ativos de Cubatão, cuja compra foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em maio do ano passado, as entregas no Brasil cresceram 15%.
O Brasil é o segundo principal mercado da Yara e ficou atrás apenas da Europa no segundo trimestre. As entregas no mercado europeu somaram em 2,5 milhões de toneladas no perÃodo, volume estável em relação ao mesmo trimestre do ano passado.
As vendas no Brasil somaram US$ 805 milhões no segundo trimestre, cerca de 30% das vendas totais da norueguesa no mundo.
A Yara também anunciou nesta terça-feira que obteve uma linha de crédito rotativo múltiplo (conhecida pela sigla RCF, em inglês) de US$ 1,1 bilhão para os próximos cinco anos, com possibilidade de extensão por mais dois anos. Esse RCF refinancia uma linha obtida pela empresa em 5 de julho de 2013 e estará disponÃvel para “propósitos corporativos geraisâ€, segundo comunicado da empresa. O crédito envolve 13 bancos, entre eles os coordenadores da linha Barclays, Citigroup, Crédit Agricole e Sumitomo. (Colaborou Fernanda Pressinott)